top of page

Coletânea Mário Quintana

Atualizado: 29 de jan.

Neste post um pouco da vida e obra do poeta Mário de Miranda Quintana, conhecido como o “poeta das coisas simples”, conhecido como um escritor modernista, foi jornalista e tradutor brasileiro. Ele é considerado um dos maiores poetas do século XX.



Governança, Gestão de Riscos e Controle Interno


Mario de Miranda Quintana nasceu em Alegrete, Rio Grande do Sul, no dia 30 de julho de 1906.

Era filho do farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e de Virgínia de Miranda Quintana.

Viveu sua infância em sua cidade natal, donde iniciou seus estudos na Escola Elementar Mista de Dona Mimi Contino.

Com 13 anos, mudou-se para a capital do Estado, Porto Alegre. Ali, estudou no Internato “Colégio Militar de Porto Alegre”.

Desde a adolescência, Mario começou a escrever. Já na revista da escola publicou seus primeiros trabalhos.

Durante alguns meses, trabalhou na editora e livraria "O Globo". Chegou a trabalhar na farmácia de seu pai.

Mais tarde, atuou como jornalista e colaborador no Estado do Rio Grande, Diário de Notícias de Porto Alegre, Revista do Globo e Correio do Povo.

Além de jornalista, trabalhou como tradutor chegando a traduzir muitas obras de escritores renomados: Proust, Balzac, Virginia Woolf, Maupassant, Voltaire, dentre outros.

Em 1926, sua mãe falece, e no ano seguinte, seu pai. Continuou seu trabalho nos jornais e como literato.

Em 1930, passou a morar no Rio de Janeiro sendo voluntário do "Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre".

Ficou na cidade maravilhosa somente 6 meses, retornando ao Rio Grande do Sul onde permaneceu o resto de sua vida.

Mario Quintana não casou e nem teve filhos. Viveu grande parte de sua vida em quartos de hotéis.

O lugar onde morou cerca de 15 anos em Porto Alegre, chamado “Hotel Majestic”, é atualmente um centro cultural chamado “Casa de Cultura Mario Quintana”.

Faleceu em Porto Alegre dia 5 de maio de 1994, vítima de problemas cardíacos e respiratórios.


Seus poemas mais conhecidos


  • A Rua dos Cataventos (1940)

  • Canções (1945)

  • Sapato Florido (1947)

  • Espelho Mágico (1951)

  • Batalhão das Letras (1948)

  • O Aprendiz de Feiticeiro (1950)

  • Poesias (1962)

  • Pé de Pilão (1968)

  • Quintanares (1976)

  • Esconderijos do Tempo (1980)

  • Nova Antologia Poética (1982)

  • Nariz de Vidro (1984)

  • Baú de Espantos (1986)

  • Preparativos de Viagem (1987)

  • Velório sem Defunto (1990)


Melhores poemas


Canção do amor imprevisto


"Eu sou um homem fechado.

O mundo me tornou egoísta e mau.

E a minha poesia é um vício triste,

Desesperado e solitário

Que eu faço tudo por abafar.


Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,

Com o teu passo leve,

Com esses teus cabelos...


E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender

nada, numa alegria atônita...


A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil

Aonde viessem pousar os passarinhos.".


Mario Quintana.




Deixa-me seguir para o mar


Tenta esquecer-me... Ser lembrado é como evocar-se um fantasma... Deixa-me ser o que sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo...

Em vão, em minhas margens cantarão as horas, me recamarei de estrelas como um manto real, me bordarei de nuvens e de asas, às vezes virão em mim as crianças banhar-se...

Um espelho não guarda as coisas refletidas! E o meu destino é seguir... é seguir para o Mar, as imagens perdendo no caminho... Deixa-me fluir, passar, cantar...

toda a tristeza dos rios é não poderem parar!



Seiscentos e Sessenta e Seis


A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.

Quando se vê, já são 6 horas: há tempo… Quando se vê, já é 6ª-feira… Quando se vê, passaram 60 anos! Agora, é tarde demais para ser reprovado… E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade, eu nem olhava o relógio seguia sempre em frente…

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.











Comentários


bottom of page